Apesar do avanço científico e tecnológico na área médica, ainda existe um aumento de casos de insuficiência cardíaca (IC) no Brasil e no mundo.
Segundo dados obtidos pelo Ministério da Saúde, a causa mais comum desta condição é a doença arterial coronariana (DAC). Ela se caracteriza pelo estreitamento das artérias, causado por placas de gordura. A enfermidade também está relacionada com as alterações nas válvulas do coração, hipertensão, inflamações no músculo cardíaco, doença de chagas, dentre outros.
Quais os tipos de IC (insuficiência cardíaca)?
Existem dois tipos da doença, a sistólica e a diastólica.
Insuficiência cardíaca sistólica
O coração é uma bomba pulsante que precisa bombear sangue para o corpo inteiro, a fim de levar oxigênio e manter a circulação sanguínea, a qual mantém os órgãos funcionando.
A insuficiência sistólica do coração se caracteriza pela dificuldade do órgão na realização do fluxo normal de sangue pelo corpo, ou seja, ele não consegue realizar o transporte de sangue adequadamente. Isso faz com que haja um acúmulo do líquido no interior do coração.
Esse quadro também se denomina fração de ejeção reduzida. Isso ocorre porque o coração não se contrai como deveria, causando tal acúmulo de sangue.
Insuficiência cardíaca diastólica
Nesse caso, ocorre o contrário do quadro de insuficiência sistólica, pois o coração tem dificuldade de se encher de sangue, devido à rigidez dos músculos.
Essa complicação cardiológica também é denominada fração de ejeção preservada, e, devido à essa rigidez muscular, o coração não se relaxa adequadamente para encher-se de sangue, dificultando o processo de transporte de sangue oxigenado para os demais órgãos e tecidos.
Nos dois casos, o coração não consegue realizar o transporte de sangue oxigenado para alimentar os outros órgãos e tecidos do corpo. Tal função é essencial para a manutenção da vida, pois, sem isso, os órgãos podem parar, levando o indivíduo ao óbito.
Crônica ou aguda?
Outro aspecto classificatório da IC é a manifestação crônica ou aguda. Entenda a seguir.
Aguda (ICA)
Neste quadro (que também é chamado de descompensado), a IC ocorre subitamente, sendo necessárias medidas emergenciais.
Crônica (ICC)
No quadro crônico, a IC se desenvolve gradativamente, durante anos.
Sintomas
Os principais sintomas da condição são a falta de ar, tontura, cansaço intenso e arritmia. Eles podem ocorrer de forma desapercebida, ou seja, com menos intensidade, confundindo-se com outras doenças.
Por isso, é muito importante ter acompanhamento regular com o médico cardiologista, e, ao aparecimento desses sintomas, deve-se ir imediatamente ao médico.
Causas
Algumas pessoas são mais propensas a desenvolver problemas cardiovasculares, mas, constatou-se que a principal causa da IC é a doença coronariana, caracterizada pelo estreitamento dos vasos sanguíneos. Tal alteração dificulta o transporte do sangue pelo corpo a partir das atividades do coração.
Como tratar?
Com o avanço da medicina, constatou-se que o tratamento com inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA) é bastante eficaz para tratar os casos de insuficiência cardíaca. Para casos simples, pode ser indicada uma mudança no estilo de vida, como na alimentação, adoção de atividade física, fim do tabagismo e do alcoolismo, além do controle do estresse diário. Mas, em casos graves, podem ser prescritos medicamentos, cirurgia cardíaca ou inserção de marcapasso.
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