teste do coraçãozinho

Teste do coraçãozinho: o que é e quando é indicado?

Você já ouviu falar do exame de oximetria de pulso, mais conhecido como teste do coraçãozinho? Neste artigo, falaremos um pouco mais sobre este procedimento e sobre a sua importância no diagnóstico de uma série de doenças cardiopáticas. Se você está pensando em ter filhos, ou terá filhos em breve, esta leitura é muito relevante!

O que é o teste do coraçãozinho?

De acordo com dados do Ministério da Saúde, estima-se que nasçam aproximadamente trinta mil crianças com cardiopatia congênita no Brasil. A taxa de incidência estimada é de um caso a cada cem nascidos vivos. Cardiopatias congênitas, vale dizer, são doenças ocasionadas por alterações na anatomia do coração ou dos vasos próximos. Assim, indivíduos nestas condições podem apresentar, além de problemas respiratórios e circulatórios, uma série de outros incômodos. Necessário salientar que as cardiopatias correspondem a cerca de 10% dos óbitos infantis. Quando não há diagnóstico precoce, no momento do nascimento, há um aumento da mortalidade de 30%. Pacientes tardios também têm maior número de internações, o que é custoso e doloroso para todos os envolvidos. O teste do pezinho, neste ínterim, atua como aliado no diagnóstico de cardiopatias congênitas. Ele é feito nas primeiras 48 h de vida da criança, na própria maternidade, e é indolor.

Como é feito o teste?

Utiliza-se a técnica de aferição e interpretação dos resultados. Para tal, o médico faz uso de um oxímetro de pulso com sensor neonatal. A partir dos dados oferecidos, é possível encontrar indícios de doenças cardiopáticas. Caso seja confirmada a presença de alguma enfermidade, o paciente deve ser encaminhado para o setor de cardiologia pediátrica e receber atendimento individualizado.

Quais são as cardiopatias congênitas mais comuns?

Dentre as cardiopatias existentes, podemos citar:

Defeito do septo atrial

Também chamado de comunicação interatrial, não costuma apresentar sintomas – mais uma razão pela qual deve ser realizado o diagnosticado precocemente. O distúrbio provoca desvio de sangue do lado esquerdo do coração para o lado direito e para a circulação do pulmão. Pode aumentar a pressão na circulação do pulmão e, se descoberta na idade adulta, pode prejudicar seriamente a longevidade dos indivíduos.

Comunicação interventricular

Também chamada de CIV, consiste em uma abertura na parede cardíaca, que separa o ventrículo direito do ventrículo esquerdo. Pode gerar, além de cansaço intenso, problemas respiratórios, dificuldades para ganhar peso e para crescer, além de sopro no coração.

Tetralogia de Fallot

Condição bastante rara, é composta por quatro defeitos no músculo do coração. É tratável por meio de cirurgia, a qual costuma ocorrer nos primeiros seis meses de vida (quando, claro, há diagnóstico precoce). O médico pode suspeitar do quadro ao vislumbrar coloração azulada na pele do recém-nascido e após a feitura do teste do coraçãozinho.

Sopro cardíaco

O sopro é literalmente um ruído. Ele é produzido pela passagem do fluxo sanguíneo por entre as estruturas do coração. Pode não ser indício de problema de saúde, mas deve ser investigado com o teste do coraçãozinho. O sopro no coração, por exemplo, faz parte dos sintomas de doenças cardíacas, como o Prolapso da válvula mitral, a Estenose aórtica ou a comunicação interventricular (como comentamos anteriormente). Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cardiologista em Paracambi!
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