Um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), no 73° Congresso Brasileiro de Cardiologia, revelou que os homens morrem mais de infarto que as mulheres — mais de 68 mil óbitos por ano. Em contrapartida o risco de infarto em mulheres pode ser 50% maior, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Para explicar essa probabilidade, levamos diversos fatores em consideração. Por exemplo, o tamanho das artérias femininas. Nesse caso, em função da dimensão delas, as placas ateromatosas podem fechá-las, provocando obstruções graves. Logo as mulheres apresentam mais chance de oclusões arteriais.
Além disso, na fase da menopausa, o estrogêneo cai significativamente e, consequentemente, isso diminui o seu efeito de proteção. Então com o colesterol ruim alto, a mulheres se tornam vítimas em potencial.
Ou seja, tudo isso associado aos maus hábitos — tabagismo, obesidade, sedentarismo — potencializam o risco do ataque cardíaco.
Vale ressaltar que o estresse gerado pela vida moderna, associado a outras doenças como diabetes e hipertensão também elevam a probabilidade de infarto em mulheres.
Neste artigo, especificamente, explico as particularidades que ajudam a identificar esse tipo manifestação no público feminino. Para saber quais são elas, leia-o até o final!
O que é o infarto?
Geralmente, o infarto acontece quando o fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco ou miocárdio é interrompido por um tempo significativo, de modo que uma parcela desse membro morra ou seja danificada. Nesse caso, o ataque ocorre porque as artérias, que levam oxigênio para o coração, ficam obstruídas por coágulos de sangue, o que acaba formando aquilo que chamamos de ateroma ou placa de gordura na parede interna delas. Mas o que isso tem a ver com o ataque cardíaco? Bem, a formação de placa de gorduras tende à aterosclerose , que é a placa de colesterol. Portanto, a depender do grau de obstrução gerada por ela, a possibilidade de ataques aumenta. Geralmente, quando o paciente sente dores no peito — em função dos esforços praticados — significa que o bloqueio nas artérias é superior a 70%.Quais são as diferenças do infarto em mulheres?
Nos homens são comuns sintomas como náuseas, suor frio, desmaio, vômito e dor no peito, enquanto que nas mulheres os sinais mais frequentes são arritmia, enjoos, cansaço, falta de ar e desconforto no peito. Outra coisa que favorece, certamente, é o tamanho do coração das mulheres, que chega a ser dois terços a menor que o dos homens. Ou seja, a fisiologia distinta associada aos batimentos mais acelerados podem sim culminar em infarto. Além disso, como expliquei anteriormente, a diminuição de estrogênio no período da menopausa também eleva a possibilidade do transtorno, já que a concentração alta de colesterol e elevação de triglicerídeos intensificam o risco de doenças cardiovasculares. Normalmente, não há uma regra para esse tipo de manifestação, já que o indivíduo pode ter um ou mais dos indícios citados. Nesse caso é fundamental o acompanhamento médico, porque os exames regulares ajudam a identificar o quadro.É possível prevenir o infarto em mulheres?
A prevenção é possível a partir da adoção de boas práticas e hábitos saudáveis por meio da prática de atividades físicas, alimentação balanceada, controle de diabetes e hipertensão, uma vez que a obesidade, o sedentarismo e o uso excessivo de entorpecentes, álcool e cigarros prejudicam a vida de quem deseja manter a saúde do coração. De acordo com a OMS, o risco de infarto em mulheres é 50% maior quando comparado aos homens. Embora essas informações sejam preocupantes, digo que 90% dos casos podem ser prevenidos. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cardiologista em Paracambi!
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