São diversos os distúrbios que provocam as doenças cardiovasculares. O diabetes é apontado como um deles. Porém, muitas pessoas ainda não fazem esse tipo de associação, o que torna o cenário ainda mais preocupante. Atualmente, em todo o mundo, 1 a cada 11 adultos sofre de diabetes, de acordo com dados da International Diabetes Federation (IDF). Estima-se que, até 2040, o número total de pessoas diagnosticadas com a doença chegue a cerca de 10,4% da população mundial.
Os efeitos do diabetes
A definição de insuficiência cardíaca é quando o coração não dá mais conta do trabalho por diversas causas, como hipertensão e o diabetes. As pessoas que têm o problema diagnosticado precocemente apresentam menos chances de desenvolver doenças cardiovasculares. O indivíduo com diabetes está mais propenso a sofrer infarto e derrame cerebral. Esse risco aumenta nos casos em que a pessoa que convive com o diabetes há muitos anos e de maneira mal controlada não percebe os sintomas de uma isquemia quase silenciosa, ou seja, não apresenta sintomas como dor quando estão tendo um infarto. Isso acontece devido às complicações neurológicas causadas pelo diabetes. Esses indivíduos costumam sentir apenas falta de ar, sudorese ou mal-estar geral.
O diabetes tem como consequência um descontrole nos níveis de açúcar no sangue, que, juntamente com a incapacidade de produzir e usar insulina, gera um estado de inflamação, o que resulta em fatores que aumentam o risco de infarto e AVC. Esse quadro favorece o surgimento de placas de gordura, aumento do colesterol ruim e outras substâncias nas paredes das artérias, restringindo o fluxo sanguíneo. Por sua vez, a ausência da insulina no organismo causa uma deficiência na dilatação das artérias, o que aumenta a pressão nos vasos.
Entretanto, muitos desconhecem o fato de a doença ser um dos principais fatores de complicações para alguns problemas relacionados com a função cardíaca. Estatísticas apontam que cerca de 68% das mortes entre indivíduos diabéticos com idade acima de 65 anos acontecem devido a problemas cardiovasculares; outros 16% estão relacionadas com o acidente vascular cerebral (AVC).
Prevenção de doenças cardiovasculares em indivíduos com diabetes
A prevenção das doenças cardiovasculares nos indivíduos com diabetes é, em geral, feita por meio do controle de diversos fatores de risco, como hipertensão, glicemia, tabagismo, obesidade, colesterol e sedentarismo. Segundo especialistas, a prática de 30 minutos de atividade física moderada, como uma caminhada rápida, pelo menos cinco vezes por semana, já ajuda na prevenção. Mas há casos em que é necessário o uso de medicamentos.
A prevenção das doenças cardiovasculares deve incluir exames como cintilografia miocárdica. Doppler de carótidas e dos membros inferiores e ecocardiograma são importantes e devem ser feitos conforme orientação médica.
O diabetes, assim como a hipertensão, não tem cura, mas tem controle. A chave está na percepção e controle adequado da doença. Estudos apontam que há uma relação direta com uma melhor ou pior qualidade de vida do indivíduo com a doença, uma vez que os riscos foram reduzidos em até 15% em portadores de diabetes do tipo 2 que adotaram uma vida saudável e medicamentos prescritos pelo médico.
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